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Abismo com Teu Nome
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Você é algo assim... um abismo. Sei que a queda é certeira — e talvez, fatal. Deveria recuar a longos passos... Mas quando dou por mim, já estou lançada em teus braços. Entorpecida pelo teu cheiro: ferro, suor, Kaiak. Inebriada pela volúpia dos teus beijos, e a loucura do teu hálito, que sussurra promessas vazias... Eu sei tudo de nós. Nunca passará do que foi. Jamais será o que sonhei. É um mal que, sem, parece ser fatal. Como o ar que respiro, necessito desse amor tão frágil, tão fugaz... Quem vai ler minha pele como você? Quem vai beber da essência como se fosse o último gole? Onde encontrar esse caos que me tira o prumo? Silenciar as vozes que gritam (com urgência!) que você poderá ser minha ruína... tem sido tarefa árdua. Eu evito. Me esquivo. Mas o que fazer... se sonho com seus beijos? Se pareço morrer estar longe dos teus braços e dos teus ásperos lençóis? O que faço pra quebrar esse cadeado? Não é ferro fundido — mas está cravado no solo do meu coração. Você não é pedra angular da minha construção... Mas é a viga que faz falta. Eu não sei como viver sem a desordem que é você. E, talvez... eu nem queira aprender.
Fabiana Ferreira Lopes
Enviado por Fabiana Ferreira Lopes em 07/06/2025
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