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Silêncio
Escondida no silêncio do quarto, agarrada a todas as suas fotos, o suplício pulsante aflige a alma — a maquiagem borrada pelas lágrimas que naufragam o travesseiro, o sangue que verte e ninguém vê. O que eu faço com todo amor? O que eu faço com toda dor? Deixo que seque no vazio da ausência, transformo a dor em arte, o amor em resistência. Costuro os retalhos do peito rasgado, faço da lágrima um poema calado. O que fazer, senão seguir? Com o peito sangrando, mas sem desistir. Pois até o pranto esconde um florescer, e a dor, um dia, aprende a renascer.
Fabiana Ferreira Lopes
Enviado por Fabiana Ferreira Lopes em 26/05/2025
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