Eu pensei…

Eu pensei que ele fosse, sim,
O amor para vida —
Não um amor qualquer,
Mas aquele que atravessa, sustenta, respira.

Mas… você não é rota principal,
E toda estrada tem final.
Você escolheu parar,
Ergueu placas, fechou desvios,
Determinou o ponto de chegada
E, sem olhar para trás… partiu.

Preferiu não ser,
Preferiu não ficar,
Preferiu não tentar.

E eu… que acreditava no infinito,
Percebi que a eternidade também erra o caminho.

Você não é mais a rota principal.
Virou uma estrada com ponto final —
Não pelo destino,
Mas pela sua escolha fatal.

Eu, ainda que partida ao meio,
Despedaçada em silêncio,
Decido seguir…
Não inteira, mas suficiente.
Não ilesa, mas viva.

Porque quem escolhe o fim,
não sou eu…
Mas quem fica,
Escolhe seguir.